terça-feira, 11 de março de 2014

Ninguém está sozinho 3 !

Ninguém está sozinho 3 ! A prece é um poderoso recurso em nosso favor. Veja a sua ação num processo de desencarnação prematura em decorrência de acidente de trânsito após o uso do álcool.

Ninguém está sozinho 2 !

Ninguém está sozinho 2 ! Atraímos as companhias espirituais que se afinam aos nossos pensamentos e atos. Veja como é o ambiente espiritual de um bar.

Ninguém está sozinho!

Ninguém está sozinho! Temos a opção de escolher qual a companhia que queremos ter. A obsessão é típica no caso do uso do álcool, veja como ocorre essa interação.

terça-feira, 4 de março de 2014

Boa lição!!

                     Solidariedade e progresso
    
Tom era funcionário de uma empresa muito preocupada com a educação.

Um dia, o executivo principal decidiu que todo o grupo gerencial, um total de doze pessoas, deveria participar de um curso de sobrevivência.

A prova era cruzar um rio violento e impetuoso.

O grupo gerencial foi solicitado a dividir-se em grupos menores de quatro pessoas, formando os grupos A, B, C.

O grupo A recebeu quatro tambores de óleos vazios, duas grandes toras de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos.

O grupo B recebeu dois tambores, uma tora e um rolo de barbante.

O grupo C não recebeu recurso nenhum. Eles foram solicitados a us ar os recursos fornecidos pela natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do rio ou na floresta próxima.

Não foi dada nenhuma instrução a mais.

Simplesmente foi dito aos participantes que todos deveriam atravessar o rio dentro de quatro horas.

Tom ficou no grupo A, que não levou mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada.

Um quarto de hora mais tarde, todo o grupo estava em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio.

O grupo B, ao contrário, levou quase duas horas para atravessar o rio.

Havia muito tempo que Tom e sua equipe não riam tanto como no momento em que a tora e dois dos tambores viraram com seus gerentes financeiro, de computação, de produção e de pessoal.

Mas, nem mesmo o rugido das águas do rio foi suficiente para sufocar o riso dos oito homens, quando o grupo C tentou lutar contra as águas espumantes.

Os coitados agarraram-se a um emaranhado de galhos, que e stavam se movendo rapidamente com a correnteza.

O auge da diversão foi quando o grupo bateu em um rochedo, quebrando os galhos.

Somente reunindo todas as forças que lhe restavam foi que o último membro do grupo C, o gerente de logística, todo arranhado e com os óculos quebrados, conseguiu atingir a margem, duzentos metros rio abaixo.

Quando o líder do curso voltou, depois de quatro horas, perguntou:

Então, como vocês se saíram?

O grupo A respondeu em coro: Nós vencemos!

O líder do curso respondeu: Vocês devem ter entendido mal. Vocês não foram solicitados a vencer os outros. A tarefa seria concluída quando os três grupos atravessassem o rio dentro de quatro horas.

Nenhum de vocês pensou em ajuda mútua, em dividir os recursos para atingir uma meta comum?

Não ocorreu a nenhum dos grupos coordenar esforços e ajudar os outros?

Naquele dia, o grupo aprendeu muito a respeito de trabalho em equipe e de lealdade.

* * *

E nós, temos olhado para os lados e verificado se alguém precisa de nossa ajuda?

Profissionalmente, agimos como se fôssemos inimigos uns dos outros ou lembramos de nos auxiliar, mutuamente, dividindo tarefas e sugerindo maneiras de resolver problemas?

Estamos dispostos a ensinar o que dominamos a alguém que está iniciando na empresa ou preferimos deixar que o outro se dê mal?

Enquanto vivermos na Terra, como se fôssemos inimigos e não irmãos; enquanto não nos dermos conta de que é sempre melhor estender a mão para que todos cheguemos bem ao nosso destino, continuaremos a entravar o progresso do nosso planeta.

Pensemos nisso e nos tornemos mais fraternos, mais solidários, em todas as circunstâncias: na família, na comunidade religiosa, na empresa, no escritório.

Tentemos isso e nos haveremos de sentir muito melhores. 

domingo, 10 de março de 2013

Folha Espírita São-Joanense


  EDITORIAL

          MORTES COLETIVAS

No mundo em que nos encontramos, ainda de expiações e provas, nossa vida se constitui de muitos “altos e baixos”. Momentos felizes se alternam com situações de extrema dificuldade, seja ela material ou espiritual. Para o nosso próprio bem, melhor nos habituarmos a essas oscilações, mas sem nos entregarmos ao desânimo, à descrença na Vida, ao pessimismo.
O ano novo começou com uma triste notícia vinda do Sul do país, que abalou todo o povo brasileiro e movimentou toda a sociedade em preces e vibrações. Referimo-nos ao incêndio ocorrido em casa noturna da cidade de Santa Maria. Sabemos que mais de duzentas pessoas desencarnaram naquela fatídica noite de janeiro. Pelo número de vítimas, costumamos chamar o evento de “desencarnação coletiva”; alguns, mais apressados, usam o termo “resgate coletivo”.
Por que resgate? E por que não simplesmente “fatalidade coletiva”? Segundo O Livro dos Espíritos, base da Doutrina Espírita, a única fatalidade a que estamos sujeitos é a morte (ou desencarnação), e dela não escaparemos, por mais façamos para manter a vida física. O desgaste natural dos órgãos ou as doenças oportunistas nos levarão um dia, inevitavelmente, deste mundo.
Fica, então, o questionamento sobre o tal “resgate”. Nós, Espíritas, temos uma certa “mania” de explicar esse tipo de fenômeno como um “acerto de contas” com as Leis naturais, uma forma de “quitação” com o passado delituoso dos desencarnantes. Mas nem tudo pode ser tão ingenuamente explicado.
Seguramente, o que motivou os Espíritas a sempre explicar esses eventos como “resgate/quitação” foi aquela passagem do incêndio num circo em Niterói/RJ, nos anos 60. O grande e querido médium Chico Xavier teria explicado que, naquela ocasião, segundo informações da Espiritualidade (e não porque ele pensasse assim), estavam reencarnados no Brasil muitos Espíritos que haviam participado das festas de horror dos antigos Romanos. Seriam os mesmos que haviam aprovado a queima dos primeiros Cristãos no Circo de Roma e praticado outros atos de crueldade no seu passado reencarnatório. Tal explicação pareceu bastante plausível naquele momento, principalmente por ter partido de uma figura impoluta como a de Chico Xavier.
A partir de então, numa absurda simplificação, um segmento do movimento Espírita se arvorou em “esclarecedor” desses eventos. Não nos esqueçamos de que não somos “donos da verdade” e que cada um daqueles que abandonaram a vida física no incêndio tem sua trajetória pessoal e suas necessidades evolutivas a cumprir.  -x-x-x-  


       O ESPIRITISMO PELA INTERNET: Você pode conhecer a Doutrina Espírita e seu movimento através da internet, pois há muitas páginas sobre o assunto na grande rede. Além da página socespiritasaojoanense.blogspot.com, sugerimos os seguintes sítios:


                                                www.tvmundomaior.com.br
                                                        www.espirito.org.br





CHEGADAS E PARTIDAS

É bem sabido que a REENCARNAÇÃO é um dos princípios básicos do Espiritismo; entretanto não foi a Doutrina Espírita que introduziu esse princípio no mundo das ideias humanas. Na verdade, vem de milhares de anos a crença (ou certeza) de que todos nós já vivemos antes e continuamos na vida material por um objetivo nobre: a evolução do Espírito imortal. Os antigos egípcios, os chineses, os maias e outros povos contavam com essa certeza. O Espiritismo apenas aprofundou o estudo da reencarnação e deu-lhe a posição de “lei natural”. Nesse sentido, temos uma bela canção de Fernando Brant, compositor mineiro, que certamente foi inspirado para transformá-la (a ideia) em poesia e música. Acompanhe a letra de “Encontros e Despedidas” e veja como fica evidente o princípio das vidas sucessivas e o conceito da Vida como uma estação que passa:
Mande notícias do mundo de lá / Diz quem fica
Me dê um abraço / Venha me apertar.
’Tou chegando / Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos / Melhor ainda é poder voltar
Quando quero...
Todos os dias é um vai-e-vem / A vida se repete na estação.
Tem gente que chega pra ficar / Tem gente que vai pra nunca mais...
Tem gente que vem e quer voltar / Tem gente que vai e quer ficar. Tem gente que veio só olhar / Tem gente a sorrir e a chorar.
E, assim, chegar e partir /  São só dois lados 
Da mesma viagem.  O trem que chega 
É o mesmo trem da partida / A hora do encontro 
É também despedida...
A plataforma dessa estação / É a vida desse meu lugar / É a vida desse meu lugar / É a vida...

PROGRAMA DE RÁDIO – Ouça todos os domingos, de 8h25 às 9h, o programa “EM BUSCA DA SERENIDADE” na Rádio São João del-Rei/AM. Três grupos Espíritas se revezam na sua  apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, pela Rádio São João.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Damos sequência ao estudo das questões e comentários de Allan Kardec nessa obra fundamental do Espiritismo. (Grifos e textos entre parênteses são comentários nossos). Utilizamos tradução do IDE.
Questão 183 – Passando de um mundo a outro, o Espírito passa por uma nova infância?  Resposta dos Espíritos: A infância é, em toda parte, uma transição necessária, porém, não é em toda a parte assim precária como entre vós.
Questão 184 – O Espírito pode escolher o novo mundo em que vai habitar? Resposta: Nem sempre, mas pode pedir e, se tiver méritos, pode ser atendido; pois os mundos são acessíveis aos Espíritos de acordo com o seu grau de elevação.  (Notamos que a questão de mérito está intimamente ligada às possibilidades futuras do Espírito. Se ele não pede um determinado mundo para viver, o seu nível evolutivo indicará naturalmente esse mundo).
Questão 185 – As condições físicas e morais dos seres vivos, em cada globo, são sempre as mesmas perpetuamente? Resposta: Não; os mundos também se submetem à lei do Progresso. Todos começaram como o vosso, por um estado inferior, e a própria Terra suportará uma transformação semelhante. Tornar-se-á um paraíso terrestre, quando os homens se tornarem bons. (É o que estamos esperando, com a regeneração do Homem terreno).
Comentário de Kardec: Assim é que as raças que povoam hoje a Terra desaparecerão um dia e serão substituídas por seres cada vez mais perfeitos; essas raças transformadas sucederão as atuais, como estas sucederam outras mais atrasadas. (Entretanto, Kardec não disse que tais seres podem ser os mesmos que já habitaram a Terra no passado, voltando pela reencarnação necessária).
Questão 186 – Há mundos onde o Espírito, deixando de habitar corpos materiais, só tenha por envoltório o perispírito? Resposta: Sim, e esse próprio envoltório torna-se tão etéreo que, para vós, é como se não existisse; é o estado dos Espíritos puros. (Dizem mais: não há uma demarcação definida entre o estado das últimas encarnações e o estado dos puros Espíritos.)
Questão 187 – A substância do perispírito é a mesma em todos os mundos? Resposta: Não; ela é mais ou menos etérea (vaporosa). Passando de um mundo a outro, o Espírito se reveste da matéria própria de cada um, rápido como um relâmpago.
Questão 188 – Os Espíritos puros habitam mundos especiais ou estão no espaço sem ligação com este ou aquele mundo? Resposta: Tais Espíritos habitam certos mundos, mas não estão confinados neles como os homens sobre a Terra; eles podem, melhor que os outros, estar por toda a parte. (Há uma nota de rodapé, em que Kardec nos fala sobre a elevação de certos mundos, como Júpiter, onde vivem Espíritos de alta evolução, que podem vir à Terra em missões específicas).  Continuaremos. Aguarde.
        

O LIVRO DOS MÉDIUNS


Essa obra também é essencial para o bom entendimento da Doutrina Espírita; por isso, transcrevemos aqui algumas passagens desse enorme trabalho de Allan Kardec para clarear os nossos caminhos na Terra. Continuando o tema do último número (sobre Evocações), temos as seguintes perguntas e respostas:
Kardec pergunta: Os Espíritos puros, que já terminaram a série de suas encarnações, podem ser evocados? Resposta: Sim, mas muito raramente, pois só se comunicam aos corações puros e sinceros, não aos orgulhosos e egoístas. Assim, é necessário desconfiar dos Espíritos inferiores que se arrogam essa qualidade para se fazerem aos vossos olhos mais importantes do que realmente são.
Pergunta: Como se explica que os Espíritos de homens mais eminentes atendam tão facilmente, e de maneira tão familiar, ao chamado dos homens mais obscuros? Resposta: Os homens julgam os Espíritos por si mesmos, o que é errado. Após a morte corporal, as posições terrenas desaparecem. A única distinção entre os Espíritos é a da bondade, e os que são bons vão a todos os lugares onde possam fazer o bem. 
Pergunta: Como o Espírito de uma criança, morta em tenra idade, pode responder conscientemente se, quando em vida corpórea, ainda não tinha consciência de si mesma? Resposta: A alma da criança é um Espírito ainda envolto nas faixas da matéria. Mas, liberto da matéria, goza de suas faculdades de Espírito imortal, já que os Espíritos não têm idade. Isso vem provar que o Espírito da criança já viveu. No entanto, até que esteja totalmente liberto, pode conservar na linguagem alguns traços do caráter infantil.
OBSERVAÇÃO: A influência corpórea, que perdura mais ou menos no Espírito da criança, às vezes também se nota no Espírito dos que morreram loucos. O Espírito em si mesmo não é louco, mas sabe-se que certos Espíritos acreditam, durante algum tempo, estar ainda no mundo físico. Não é, pois, de admirar que o Espírito do louco ainda se ressinta dos entraves que, durante a vida, se opunham à sua livre manifestação, até que esteja completamente liberto. Esse varia segundo as causas da loucura porque há loucos que recobram toda a lucidez imediatamente após a morte. 
Pergunta: Pode-se evocar o Espírito de um animal? Resposta: O princípio inteligente que animava o animal fica em estado latente após a morte. Os Espíritos encarregados desse trabalho imediatamente o utilizam para animar outros seres, através dos quais continuará o processo de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos não há Espíritos errantes de animais, somente Espíritos humanos.
Veja, caro leitor, que há muito a se aprender sobre a Vida no Mundo Espiritual. Somente os orgulhosos e/ou ignorantes preferem certas explicações pouco lógicas, que somente tentam encobrir a Verdade.
    

                O EVANGELHO NA VISÃO ESPÍRITA

  O capítulo 12 de “O Evangelho segundo o Espiritismo” tem o título “Amai os vossos inimigos”, uma atitude um tanto rara para o ser humano comum, de qualquer época. Entretanto, o Mestre não quis dizer que tenhamos de nos apegar àqueles que nos são desafetos, mas respeitá-los, orar por eles e desejar-lhes o bem. Assim fazendo, estaremos nos aproximando do ideal de Amor verdadeiro. Porque é muito fácil amar aqueles que nos são caros; no entanto, considerar os inimigos e desejar-lhes o bem é atitude do verdadeiro cristão. Além disso, cremos ser uma atitude inteligente, já que o “amor cobre a multidão de equívocos” (no dizer do Apóstolo João) e é cabível em qualquer situação, aliviando as tensões e aperfeiçoando os Espíritos.
No item 8 do referido capítulo, Allan Kardec faz as seguintes considerações: “Os preconceitos do mundo sobre o que se adotou chamar ‘ponto de honra’ produzem uma suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso a lei de Moisés previa ‘olho por olho, dente por dente’, de acordo com época em que viveu o legislador hebreu. Entretanto, veio o Cristo e aconselhou: ‘retribuí o mal com o bem’. Disse mais: ‘não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra’.” (Aqui nós entendemos que Jesus não nos disse que fôssemos passivos e sofrêssemos em dobro as ofensas, mas que deveríamos mostrar ao inimigo uma outra face, aquela que evita o mal e busca o bem. Ou seja, não é para sofrermos e não reagirmos; ao contrário, agir com amor.)
Continua o Codificador: “Ao orgulhoso esse ensino de Jesus parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.”  Seguindo, Kardec nos adverte que não podemos tomar ao pé da letra alguns ensinos de Jesus, mas precisamos fazer uma interpretação mais extensiva dos mesmos. Confira o original, caro leitor, e tire suas conclusões. -x-x-x-
                     



CASAS ESPÍRITAS DE SÃO JOÃO E REGIÃO:  Se você não conhece e gostaria de saber o endereço de uma Casa Espírita (onde poderá ouvir uma palestra, estudar a Doutrina, tomar um passe magnético, sem compromisso), procure a Livraria Espírita, na R. Paulo Freitas, 312, perto dos Chitarra. Ou ligue para lá, no horário comercial: 3371-8077 e fale com Déborah, que orientará você.




PALAVRAS DE KARDEC

Em “A Gênese”, a última obra da Codificação, lançada em 1868, ano anterior à sua desencarnação, o Mestre Lionês faz as seguintes colocações no capítulo 14, sobre “Os Fluidos”:
... Tudo se liga, tudo se encadeia no Universo: tudo está submetido à grande e harmoniosa lei da unidade, desde a materialidade mais compacta até a espiritualidade mais pura. A Terra é como um vaso de onde escapa uma fumaça espessa, que se clareia à medida que se eleva, e cujas partes rarefeitas se perdem no espaço infinito. A força divina brilha em todas as partes desse conjunto grandioso.
(...) Sim, tudo é milagre na Natureza, porque tudo é admirável e testemunha a sabedoria divina. Esses milagres são para todo o mundo, para todos aqueles que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir, e não em proveito de alguns. Não, não há milagres no sentido que se liga a esse termo, porque tudo ressalta das leis eternas da Criação e essas leis são perfeitas.”


O “PAI NOSSO” ORIGINAL
A palavra “bíblia” quer dizer “conjunto de livros”. Costuma-se dizer que algumas traduções do texto ali contido (Velho e Novo Testamentos) teriam sido verdadeiras “traições” e não “traduções”. Isso porque deturparam, por interesses escusos, o sentido real que seus autores quiseram dar. Por exemplo, no texto dos Salmos de Davi, ele teria dito: “O Senhor é meu pastor e NÃO me faltará”. A tradução ficou assim: “O Senhor é meu pastor e NADA me faltará”.
Veja que na segunda versão, a ideia ficou totalmente material, como se Deus não deixasse faltar os bens da sobrevivência ao homem. Na realidade, é muito mais completa a primeira tradução, pois deixa claro que o Senhor estará sempre conosco, seja nos bons ou nos maus momentos.
Esses e outros esclarecimentos são dados pelo escritor Espírita Severino Celestino, grande estudioso dos originais do hebraico em que se escreveram os livros da Bíblia.
O “Pai Nosso”, que Jesus orou e ensinou, ficou assim, na tradução de Celestino:  “PAI NOSSO dos Céus; Santo é o teu nome; venha o teu reino. Tua vontade se fará na Terra como nos Céus. Dá-nos hoje parte do pão; perdoa as nossas culpas quando tivermos perdoado a culpa dos nossos devedores. Não nos deixes entregues à provação porque assim nos resgatas do Mal. Assim seja.”
Faça a comparação com aquilo que aprendeu e perceba as relevantes diferenças entre os textos. Lembremo-nos de que “a verdade nos libertará”. 
“O CÉU E O INFERNO”

O título deste artigo é o mesmo da penúltima obra da Codificação, de 1865, na qual Allan Kardec trata, na 2ª parte, dos muitos depoimentos de Espíritos que se manifestaram (através de médiuns psicógrafos) nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris. Na psicografia, o médium escreve o que o Espírito dita a ele; na psicofonia, o médium diz em voz alta aquilo que ouve dos manifestantes desencarnados. Kardec e os membros da Sociedade faziam as perguntas e  anotavam as respostas para em seguida as submeter ao crivo da razão e do bom senso, antes de levá-las à publicação.
Feito o trabalho de comunicação, incluindo um socorro espiritual e o encorajamento aos desencarnados (quando necessário), muitos desses depoimentos foram publicados também na Revista Espírita, “jornal de estudos psicológicos” (nos dizeres do Codificador) e também em “O Céu e o Inferno”.
Vejamos a manifestação de um Espírito tido como feliz, identificado como EMA: em consequência de acidentes causados pelo fogo, faleceu a Srta. Ema após cruéis sofrimentos. Alguém havia proposto sua evocação na Sociedade Espírita de Paris quando ela se apresentou espontaneamente em 31 de julho de 1863, pouco tempo após sua morte no incêndio. Disse ela:
“Eis-me aqui ainda no cenário do mundo, eu que me julgava sepultada para sempre no meu véu de inocência e juventude. Salvar-me-ia o fogo terrestre do fogo do inferno – assim pensava eu na minha fé católica e, se não ousava entrever os esplendores do paraíso, minha alma tímida se apagava à expiação do purgatório, enquanto pedia, sofria e chorava. Mas quem dava ao ânimo abatido a força de suportar as angústias? Quem, nas longas noites de insônia e febre dolorosa se inclinava no leito de martírios? Quem me refrescava os lábios sedentos e escaldantes? Éreis vós, meu Guia, cuja auréola branca me cercava; e éreis vós outros, Espíritos caros e amigos, que vínheis murmurar-me ao ouvido palavras de esperança e de amor.
A chama que me consumia o corpo débil também me despojou das suas cadeias e, assim, morri vivendo já a verdadeira Vida. Não experimentei a perturbação; entrei serena e recolhida no dia radiante que envolve aqueles que, depois de muito terem sofrido, souberam esperar um pouco.
Minha mãe, minha querida mãe foi a última vibração terrestre que me repercutiu na alma. Como eu desejo que ela se torne Espírita! Desprendi-me da Terra como fruto maduro que se desprendesse da árvore antes do tempo. Eu não tinha sido tocada pelo demônio do orgulho que estimula as almas infelizes, arrastadas pelos êxitos embriagadores e brilhantes da juventude.
Bendigo, pois, o fogo, o sofrimento, a prova, que foram uma expiação. Semelhante a esses brancos e leves fios do outono, flutuo na torrente luminosa e não são mais as estrelas de diamante que me rebrilham na fronte, mas as áureas estrelas do Bom Deus. (...) Bem cedo deixei a Terra e Deus deu-me a vida daqueles que respeitam a Sua vontade. Adorai e amai a Deus, de todo o coração. Acima de tudo, orai firmemente. Nisso consiste o vosso sustentáculo aqui na Terra.”
Veja, caro leitor, que esse Espírito, mesmo tendo desencarnado em situação de grande sofrimento (num incêndio), não blasfemou nem se queixou, nem mesmo passou pelo estado de perturbação comum a quase todos os desencarnados recentes. Realmente, cada um tem sua trajetória nesta Vida e a maneira de abandonar a vida física varia ao infinito. O mais importante é a maneira como nos comportamos após o desenlace. Pensemos nisso!




PINGA-FOGO COM CHICO XAVIER

O querido médium Chico Xavier participou de dois programas de grande repercussão nos anos 70, o famoso “Pinga-Fogo”, durante os quais respondeu a muitas perguntas sobre temas os mais variados, sempre amparado pela Espiritualidade Maior. Vejamos uma delas, de forma adaptada: 
Pergunta ao Chico: Por que há crianças que vêm ao mundo com paralisia cerebral, autismo e outras síndromes? Resposta do Chico: Quando cometemos o suicídio ou perpetramos o homicídio, nós perturbarmos em nós mesmos determinadas estruturas do corpo espiritual. Ficamos, então, claramente alienados quanto ao equilíbrio mental na vida próxima. Sem o corpo físico, somos internados em cidades e colônias do Mundo Espiritual pela bondade do nosso Mestre Maior, através de seus mensageiros e trabalhadores. Ali somos considerados doentes mentais em estado grave. Essas doenças acabam sendo o processo de internação de que precisamos e que solicitamos, a fim de nos melhorarmos e crescermos para Deus. Dói no coração ver o sofrimento dessas crianças, mas estejamos certos de que estão em tratamento espiritual, aprendendo de maneira amarga, mas evoluindo, pois Deus quer o progresso de todos os seus filhos.  -x-x-x-x-x-



Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2.200 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8806-7447 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Reflexões espíritas sobre a tragédia de Santa Maria

                                                   

Reflexões espíritas sobre a Tragédia de Santa Maria

A tragédia de Santa Maria me leva a algumas reflexões que considero importantes para o movimento espírita.
Recentemente participei de uma banca de doutorado na Universidade Metodista, em que o pesquisador José Carlos Rodrigues, examinou em ampla investigação de campo quais os principais motivos de "conversão", eu diria, "migração" para o espiritismo, no Brasil. Ganhou disparado a "resposta racional" que a doutrina oferece para os problemas existenciais.
De fato, essa é grande novidade do espiritismo no domínio da espiritualidade: introduzir um parâmetro de racionalidade e distanciar-se dos mistérios insondáveis, que as religiões sempre mantiveram intactos e impenetráveis, sobretudo o mistério da morte.
Entretanto, essa racionalidade, que era realmente a proposta de Kardec, tem sido barateada em nosso meio, como tudo o mais, para tornar-se uma cartilha de respostinhas simples, fechadas e dogmáticas, que os adeptos retiram das mangas sempre que necessário, de maneira triunfante e apressada, muitas vezes, sem respeito pela dor do próximo e sem respeito pelas convicções do outro. Explico-me.
Por exemplo: existe na Filosofia espírita uma leitura de mundo de "causa e efeito", que traduziram como "lei do karma", conceito que vem do hinduísmo. Essa ideia é de que nossas ações presentes geram resultados, que colheremos mais adiante ou que nossas dores presentes podem ser explicadas à luz de nossas ações passadas. Mas há muitas variáveis nesse processo: por exemplo, estamos sempre agindo e portanto, sempre temos o poder de modificar efeitos do passado; as dores nem sempre são efeitos do passado, mas sempre são motivos de aprendizado. O sofrimento no mundo resulta das mais variadas causas: má organização social, egoísmo humano, imprevidência… Estamos num mundo de precário grau evolutivo, onde a dor é nossa mestra, companheira e o que muitas vezes entendemos como "punição" é aprendizado de evolução.
O assunto é complexo e pretendo escrever mais profundamente sobre isso. Aqui, apenas gostaria de afirmar que nós espíritas, temos sim algumas respostas racionais, mas elas são genéricas e não podem servir como camisas de força para toda a realidade. Que respostas baseadas em evidências e pesquisas temos, por exemplo, para essas famílias enlutadas com a tragédia de Santa Maria?
• que a morte não existe e que esses jovens continuam a viver e que poderão mais dia, menos dia, dar notícias de suas condições;
• que a morte traumática deixa marcas para quem fica e para quem foi e que todos precisam de amparo e oração;
• que o sofrimento deve ter algum significado existencial, que cada um precisa descobrir e transformá-lo em motivo de ascensão…
• que a fé, o contato com a Espiritualidade, seja ela qual for, dá forças ao indivíduo, para superar um trauma dessa magnitude.
Não podemos afirmar por que esses jovens morreram. Não devemos oferecer uma explicação pronta, acabada, porque não temos esses dados. Os espíritas devem se conformar com essa impotência momentânea: não alcançamos todas as variáveis de um fato como esse, para podermos oferecer uma explicação definitiva. Havia processos da lei de causa e efeito? Provavelmente sim. Houve falha humana, na segurança? Certamente sim. Qual o significado que essa tragédia terá? Cada pai, cada mãe, cada familiar, cada pessoa envolvida deverá achar o seu significado. Alguns talvez terão notícias de algum evento passado que terá desembocado nesse drama; outros extrairão dessa dor, um motivo de luta para mais segurança em locais de lazer; outros acharão novos valores e farão de seu sofrimento uma bandeira para ajudar outros que estejam no mesmo sofrimento e assim por diante.
Oremos por essas pessoas, ofereçamos nossas melhores vibrações para os que foram e para os que ficaram e ainda para os que se fizeram de alguma forma responsáveis por esse evento trágico. Mas tenhamos delicadeza ao tratar da dor do próximo! Não ofereçamos respostas fechadas, apressadas, categóricas, deterministas. Ofereçamos amor, respeito e àqueles que quiserem, um estudo aberto e não dogmático, da filosofia espírita.

 


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dissemine o Espiristimo

                      

Feal - Fundação Espírita André Luiz
Dissemine o Espiristimo
Logo Feal A Fundação Espírita André Luiz - Feal surgiu em 1990 com o objetivo de transformar a sociedade por meio da educação utilizando os meios de comunicação.

Com a divulgação de informações científicas, técnicas e filosóficas sob a ótica da Doutrina Espírita, com seus conseqüentes reflexos no cotidiano das pessoas através da Rede Boa Nova de Rádio, Mundo Maior Editora, Rede Mundo Maior de TV, Mundo Maior Filmes e Uniespírito.

Por meio da programação, faz a divulgação dos trabalhos e atividades das Casas André Luiz, Instituição que há 63 anos atende deficientes intelectuais. Atualmente são 1.600 atendidos, sendo 600 em Unidade de Longa Permanência e 1.000 em Ambulatório.


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Rádio Boa Nova
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Há aproximadamente 50 anos, aborda em sua programação diversos temas como espiritismo, mediunidade, psicologia, terapia de vidas passadas, ufologia, entre outros.

Rede Mundo Maior de TV
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Programação diversificada voltada para a educação do Ser Integral apontando caminho para a concretização de ideias sociais, para a manutenção da saúde psíquica e biológica.

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Mundo Maior Editora

Trabalha com obras espíritas e espiritualistas que venham ao encontro das necessidades do Ser Humano.

Uniespírito
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Pesquisa científica e aplicação social envolvendo Ciência e Espiritualidade, com implicações nas diversas áreas do saber humano.

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

FOLHA ESPÍRITA SÃO-JOANENSE

FOLHA ESPÍRITA SÃO-JOANENSE

 

    EDITORIAL DA FOLHA

                          DEZEMBRO/12, JANEIRO/13...

 

Pois é... Se você está lendo esta Folha agora, que já passou o 21 de dezembro/12, deve ter achado "piada" aquela história do calendário Maia, não é mesmo? Mas as coisas não são realmente como foi anunciado. O fato de aquele calendário não ir além dessa data não quer dizer que a Humanidade vá ter um fim. Na verdade, o mundo não se acaba... ele se transforma! Assim como tudo na Natureza e como nós mesmos... A cada dia temos uma nova chance de nos melhorarmos.  

Ninguém vai morrer por conta do fim de um calendário. Afinal, todo dezembro marca o final de mais um ano; nem por isso há catástrofes destruidoras no mundo inteiro. A Terra, como ser vivo que é, ainda vai passar por muitas transformações. Isso pode levar a vários tipos de ocorrências sísmicas, totalmente naturais.

O ser humano precisa entender isto: que está sujeito à ação de vulcões, terremotos, maremotos, tsunamis etc por estar vivendo neste planeta, que ainda é classificado como "de expiações e provas". Muitas mortes estão por acontecer, é claro, pela ação ou reação da natureza. Mas lembremo-nos: "ninguém vai antes da sua hora".

Precisamos também entender que a morte não é o fim de tudo. Ninguém "acaba" de repente porque desencarnou. Pelo contrário, ao abandonar o corpo material, nós estamos entrando na verdadeira vida, que é a Espiritual. E não estaremos sozinhos ou abandonados. Sempre haverá seres mais iluminados que nós (parentes, amigos) dispostos a nos encaminhar na vida que segue. A partir daí, teremos novas oportunidades de encarnar, seja na Terra, seja em outros planos habitados por seres inteligentes. (Sobre esse tema, veja a página 2 desta folha, no trecho sobre "O Livro dos Espíritos").

Como dissemos em edição de dezembro/11, essa previsão das transformações do planeta e de seus habitantes são muito bem observadas e analisadas no último capítulo de "A Gênese" (lançada em 1868 por Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo). Se puder, leia-o e reflita a respeito, caro leitor. Você verá que realmente "Os tempos são chegados"; entretanto não há o que temer se estivermos fazendo a nossa parte. E que parte é essa? Acreditamos que seja a busca pelo equilíbrio, pela harmonia individual; pelo desapego às coisas materiais; pelo respeito à natureza e a todos os seres vivos; pelo combate ao orgulho e ao egoísmo; pela busca da humildade e pelo exercício do perdão.

Agindo assim, estaremos no bom caminho, no caminho da nossa "reforma íntima", já que temos ainda muito que aprender. E apenas esta encarnação é insuficiente para atingirmos a plenitude do Ser. Continuemos sempre, no caminho do Bem. E faça bom proveito da nossa Folha Espírita!

 

PROGRAMA DE RÁDIO – Ouça todos os domingos, de 8h25 às 9h, o programa "EM BUSCA DA SERENIDADE" na Rádio São João del-Rei. Três grupos Espíritas se revezam na sua  apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, pela Rádio São João.

 

"O SAL DA TERRA"

 

O compositor mineiro Beto Guedes escreveu uma bela canção com o título acima, querendo dizer que o Amor é o "sal da Terra", ou seja, aquilo que dá  sabor e sentido à Vida. São versos inspirados, que nos ensinam a respeitar o planeta e aos nossos semelhantes. Veja uma parte da canção:

 

"Anda, quero te dizer nenhum segredo. Falo nesse chão da nossa casa. Vem que tá na hora de arrumar tempo... Vamos precisar de todo mundo
pra banir do mundo a opressão.
Para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor. A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor. O pé na terra; a paz na Terra, amor. O sal da Terra! És o mais bonito dos planetas. Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã.

Canta! Leva tua vida em harmonia e nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã...

Vamos precisar de todo mundo. Um mais um é sempre mais que dois. Pra melhor juntar as nossas forças, é só repartir melhor o pão.
Recriar o paraíso agora  para merecer quem vem depois...

Deixa nascer o amor; deixa fluir o amor.
Deixa crescer o amor
; deixa viver o amor...
O sal da Terra!"

   (Veja a letra toda pesquisando no Google e ouça essa belíssima canção falando do nosso planeta renovado pelo Amor e pela união dos Homens).

 

O ESPIRITISMO PELA INTERNET: Você pode conhecer a Doutrina Espírita e seu movimento através da internet, pois há muitas páginas sobre o assunto na grande rede. Além da página socespiritasaojoanense.blogspot.com, sugerimos os seguintes sítios:

 www.mundoespiritual.com.br

 www.radioboanova.com.br

                                            www.tvmundomaior.com.br

                                                         www.espirito.org.br                           

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

 

Seguimos com as questões e comentários de Allan Kardec nessa obra fundamental do Espiritismo. (Grifos e textos entre parênteses são comentários nossos). Utilizamos tradução do IDE.

Vamos ao final da Questão 181,  quando Allan Kardec perguntava se os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos. E a resposta foi que sim, é preciso que o Espírito se revista de um corpo material para poder agir sobre essa mesma matéria (e assim progredir intelectual, moral e espiritualmente). Esse corpo pode ser mais grosseiro ou mais sutil, dependendo do estado do mundo em que encarnamos. E os Espíritos Superiores ainda dizem a Kardec: "Há muitas moradas na casa de nosso Pai e muitos graus, portanto. Alguns sabem disso e estão conscientes aqui na Terra; outros nada sabem".

Questão 182 – Podemos conhecer com exatidão o estado físico e moral dos diferentes mundos? Resposta: Nós, os Espíritos, só podemos responder de acordo com o grau de adiantamento em que vocês se encontram; quer dizer que não devemos revelar essas coisas a todos, porque nem todos estão em condições de compreendê-las, e isso os perturbaria. (Aqui nós vemos como os Espíritos Superiores foram cautelosos na época da Codificação).

Comentário de Kardec a essa questão: À medida que o Espírito se purifica, o corpo que ele reveste se aproxima igualmente da natureza espiritual. A matéria é menos densa, não rastejam mais penosamente na superfície do solo, as necessidades físicas são menos grosseiras e os seres vivos não têm mais necessidade de se destruírem para se nutrir. O Espírito  é mais livre e tem, para as coisas distantes, percepções que nos são desconhecidas; vê coisas que vemos apenas pelo pensamento. (Aliás, o Espírito enxerga e percebe tudo por todo o seu corpo espiritual, pois não há um órgão específico para cada percepção, como quando encarnados). (...)

Nos mundos superiores à Terra, as guerras são desconhecidas, os ódios e a discórdia não têm motivo, visto que ninguém se preocupa em causar dano ao seu semelhante. A intuição do futuro e a segurança de uma consciência sem remorso fazem com que a morte não lhes cause nenhuma apreensão; recebem-na sem medo, como uma simples transformação. (Isso quer dizer que existe "morte" – ou passagem – nos mundos distantes da Terra; quanto mais evoluído o mundo, menos o Espírito sente a sua morte, que é só uma  "mudança de endereço").

A duração da vida nos diferentes mundos parece ser proporcional ao grau de superioridade física e moral de seus habitantes. Quanto menos material o corpo, menos está sujeito aos sofrimentos da vida material. Quanto mais puro o Espírito, menos paixões há para prejudicá-lo. É um "prêmio" da Providência, que abrevia os sofrimentos.(Continuaremos. Aguarde)

 

             O LIVRO DOS MÉDIUNS

 

Trouxemos mais um trecho dessa importante obra de Kardec sobre a Mediunidade para você. Trata-se dos itens 277 a 279 do capítulo "Das Evocações", ou seja, das formas que eram usadas na época do Codificador para se chamar e conversar com os Espíritos. Entre parênteses, esclarecimentos nossos. Veja bem e saiba por que o Espiritismo é uma doutrina séria, que nada faz de mau ou de inútil. Atualmente, não se usa mais a evocação dos desencarnados, pois os Espíritos se manifestam nas reuniões mediúnicas de acordo com uma programação já estabelecida pela Espiritualidade Maior.

A faculdade de evocar todo e qualquer Espírito não implica para o Espírito a obrigação de estar sempre às nossas ordens. (...) Quando se quiser evocar um novo Espírito, é necessário perguntar ao guia protetor dos trabalhos (o mentor da reunião séria) se a evocação é possível. No caso de não o ser, ele geralmente dá as razões do impedimento e então seria inútil insistir. Questão importante se levanta aqui: saber se é conveniente ou não a evocação de Espíritos "maus" (muito embrutecidos, ainda ligados aos interesses materiais). Isso depende do objetivo da reunião e da independência que se pode ter em relação a eles. Não há inconveniente quando a evocação é feita com um fim sério, instrutivo, tendo em vista o aperfeiçoamento de todos. Ao contrário, é muito inconveniente quando se faz (tal evocação) por mera curiosidade ou diversão, ou se os participantes se colocam sob sua dependência, pedindo-lhes algum serviço (pois eles costumam atender a certos pedidos e depois "cobrar" bem caro por eles; mas o poder deles não é assim tão grande, pois há forças superiores que os controlam). Geralmente, não se consegue afastar o "prestador de serviços" após o trabalho feito, já que se fez um verdadeiro pacto com o Espírito inferior e ignorante do bem. (É aí que pode surgir o processo da obsessão, ou seja, da perseguição que alguns desencarnados promovem sobre os encarnados, numa típica "cobrança de dívida"). 

Somente pela superioridade moral se exerce domínio sobre os Espíritos inferiores e eles reconhecem a superioridade dos homens de bem (veja o cap. 17 de "O Evangelho segundo o Espiritismo", item 3). (Se o Espírito percebe que o encarnado vale tanto quanto ele mesmo, poderá exercer sua influência maldosa o quanto quiser). E mais: o nome de Deus só tem influência sobre os desencarnados quando na boca de quem pode usá-lo com a autoridade de suas virtudes. (Comentário do tradutor: "palavras, amuletos, medalhas, imagens e outros instrumentos de culto religioso ou de práticas mágicas nada influem sobre os Espíritos imperfeitos se aquele que os emprega não possuir virtudes morais e não agir com amor, humildade e compreensão. Agindo assim, todos os instrumentos materiais são dispensáveis"). Pense a respeito, caro leitor. Até a próxima.

 

    O EVANGELHO DO MESTRE

 

Este espaço é reservado para uma passagem de "O Evangelho segundo o Espiritismo", a visão Espírita dos ensinamentos de Jesus, o Cristo. Desta vez, escolhemos o item 23 do capítulo 5, que traz mensagem ditada pelo Espírito Fénelon (que foi autoridade da Igreja Católica no século 17), com o título "Os tormentos voluntários". Acompanhe:

O homem está incessantemente à procura da felicidade, que lhe escapa a todo instante, porque a felicidade sem mescla não existe (ainda) na Terra. Entretanto, apesar das vicissitudes que formam o inevitável cortejo desta vida, ele poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa. Mas ele a procura nas coisas perecíveis, sujeitas às mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das imperecíveis alegrias celestes. Em vez de buscar a paz do coração, única felicidade verdadeira neste mundo, ele procura com avidez tudo o que pode agitá-lo e perturbá-lo. E, curiosamente, parece criar de propósito os tormentos que só a ele cabia evitar.

Haverá maiores tormentos que os causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento não existe repouso: sofrem ambos de uma febre incessante. As posses alheias lhes causam insônia; os sucessos dos rivais lhes provocam vertigens; seu único interesse é o de eclipsar os outros; toda a sua alegria consiste em provocar, nos insensatos como eles, a cólera do ciúme.  Pobres insensatos, com efeito, que não se lembram de que, talvez amanhã, tenham de deixar todas as futilidades, cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: 'bem-aventurados os aflitos porque serão consolados', pois os seus cuidados não têm compensação no Céu (ou seja, na vida espiritual).

Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha para baixo, em vez de olhar acima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo, porque não cria necessidades absurdas, e a calma em meio às tormentas da vida não será uma felicidade?

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CASAS ESPÍRITAS DE SÃO JOÃO E REGIÃO:  Se você não conhece e gostaria de saber o endereço de uma Casa Espírita (onde poderá ouvir uma palestra, estudar a Doutrina, tomar um passe magnético, sem compromisso), procure a Livraria Espírita, na R. Paulo Freitas, 312, perto dos Chitarra. Ou ligue para lá, no horário comercial: 3371-8077 e fale com Déborah, que orientará você.

 

O MAIOR BRASILEIRO: Muito merecidamente, o nosso querido médium CHICO XAVIER (1910-2002) foi eleito o maior brasileiro de todos os tempos, em outubro passado, numa votação nacional, realizada pelo canal televiso SBT. Concorrendo com ilustres nomes de nossa história (passada e recente), Chico atingiu mais de 70% da preferência dos votantes, Espíritas e não Espíritas. Foi um reconhecimento nacional pelo trabalho fecundo (nos campos doutrinário, literário e de assistência social) prestado a todos nós por esse Espírito iluminado. Quem nunca ouviu falar de Chico Xavier e seu exemplo de amor, sabedoria e humildade?

Que ele, da elevada região espiritual em que se encontra atualmente, continue vibrando e trabalhando pelo Bem da Humanidade da Terra...

 

PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

 

Muitas questões foram propostas ao querido médium Chico Xavier, quando de sua participação em programas da antiga TV Tupi, nos anos 70. Acompanhe nossa adaptação:

 

Pergunta ao Chico: Como os Espíritos veem a pena de morte? Resposta do Chico: Recordemos a parábola do "bom samaritano", onde as personagens são todas nomeadas e qualificadas. O levita, o religioso, o samaritano e o dono da estrebaria. Mas o homem que foi acudido pela fraternidade do samaritano jamais foi especificado. Isso quer dizer que ele poderia ser qualquer um de nós, ou seja, é um ser humano que merece consideração e respeito. Assim é com a questão da pena de morte, que condena "um de nós" por um crime que, muitas vezes, poderia ser mais humanamente analisado. Todos que são considerados "fora da lei" são doentes, que merecem tratamento adequado e não a simples eliminação. A Justiça dos homens deve saber tratar esses indivíduos, por pior tenha sido seu crime, a fim de devolver-lhes o equilíbrio e a normalidade. (Vejam que, apesar de não termos no Brasil, felizmente, a pena de morte, Chico deixou claro que ela não é a solução para os crimes hediondos contra a vida. Afinal, a lei de Talião – "olho por olho, dente por dente" – já ficou para a História...)

OBSERVAÇÃO: A entrevista com Chico Xavier, ocorrida em 1971 (ele contava 61 anos), foi gravada em "videotape", transformado em DVD's recentemente. Além disso, foi totalmente transcrita e comentada num livro, organizado por Saulo Gomes, o jornalista que acompanhou Chico por várias décadas. O livro tem esse título "Pinga-Fogo com Chico Xavier". Procure conhecer esse trabalho, amigo leitor, e você terá um contato maior com o "maior brasileiro de todos os tempos".

 

SUGESTÃO DE LEITURA

 

No Editorial deste número, falamos sobre a transição do planeta (um processo lento, que já começou, pelo menos individualmente para muitos encarnados). Na realidade, cremos que não haverá destruição em massa repentina, mas uma tomada de consciência dos próprios seres encarnados na Terra visando à sua reforma íntima, a preparação para um mundo melhor. Mudanças no Sol, o centro do nosso sistema, vão alavancar esse processo. Quem não estiver preparado, vai sofrer mais do que aqueles que já estiverem atentos aos acontecimentos. Entretanto, externamente, não se sabe quando nem onde vão começar tais modificações. Já no aspecto interior, elas já deveriam ter começado para muitos de nós...

Por isso, a nossa sugestão de leitura deste trimestre recai sobre "A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo", obra publicada por Allan Kardec em 1868, em Paris. Sugerimos a leitura do último capítulo em primeiro lugar (capítulo 18). Sabe por quê? O título e o assunto dele tem tudo a ver com o que andamos falando e ouvindo nos últimos anos: "Os tempos são chegados".

Veja lá, amigo leitor, como o Codificador, exatamente no último capítulo de sua última obra publicada em vida, nos adverte sem estardalhaço quanto às transformações inevitáveis que, desde sua época, já começavam a ser sentidas. Veja como são atuais as seguintes palavras contidas no item 5:

"A Humanidade cumpriu, até este dia, incontáveis progressos; os homens, pela sua inteligência, chegaram a resultados que não atingiram antes em relação às ciências, às artes e ao bem-estar material; resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: é o de fazer reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o bem-estar moral. Eles não o poderiam com as suas crenças ou com suas instituições antiquadas, que são restos de outra época. Não é somente o desenvolvimento da inteligência que se faz preciso aos homens, é a elevação do sentimento; e para isso é necessário destruir tudo o que poderia superexcitar o egoísmo e o orgulho".

Segundo Kardec, esses dois vícios morais (orgulho e egoísmo) são os maiores inimigos da evolução espiritual do ser humano. Saibamos, portanto, combatê-los em nós mesmos, no nosso dia a dia, através do exercício das virtudes contrárias a eles: a humildade e a fraternidade. 

Há muito que aprender, não só em "A Gênese", mas em todas as obras de Allan Kardec, inclusive na coleção da "Revista Espírita". Procure conhecer esse grande manancial de conhecimentos, prezado leitor. E faça uma "ótima viagem"...

 

"O CÉU E O INFERNO"

 

Conforme o número anterior, ficamos de trazer depoimentos contidos nessa obra de Kardec, em cuja 2ª parte vemos o depoimento de Espíritos desencarnados em diversas situações (dos felizes, passando aos medianos e suicidas até chegar àqueles que viveram grandes expiações na Terra). Selecionamos para este número a manifestação de um suicida que, em 1863 (06 anos após ter-se matado), ditou ao médium a seguinte mensagem:

"Tereis piedade de um pobre miserável que passa há muito por cruéis torturas? Oh, o vácuo, o espaço, despenho-me, caio, morro... Acudi-me! Deus, eu tive uma existência tão miserável. Pobre diabo, sofri fome muitas vezes na velhice e foi por isso que me habituei a beber, a ter vergonha e desgosto de tudo. Quis morrer e atirei-me... Oh, meu Deus! Que momento terrível... Para que esse desejo se meu fim já estava tão próximo? Orai para que eu não veja incessantemente esse vácuo debaixo de mim. Vou despedaçar-me de encontro a essas pedras!

Não me conheceis, mas eu sofro tanto! Por isso vos peço que oreis por mim. Não posso ficar por mais tempo nesse estado!"

Comentário de um Espírito-guia: Esse que vos pede preces foi um pobre infeliz que teve na Terra a prova da miséria; vencido pelo desgosto, faltou-lhe a coragem e entregou-se à embriaguez, saltando de uma torre em 1857. Ele sofre, mas deseja a reparação; portanto, orai por ele. (Esse suicídio foi um fato comprovado por jornal da época).  

Kardec conclui: Já fazia seis anos de sua morte e ele ainda se via cair da torre, despedaçando-se nas pedras. Quanto tempo durará esse estado? Ele não o sabe e essa incerteza lhe aumenta as angústias. Isso não equivaleria ao inferno com suas chamas?

E nós acrescentamos: tanto o céu quanto o inferno são estados de espírito após a morte física. Aquele que desencarnou serenamente, tendo deixado boas obras e procurado ser um homem de bem, se sentirá em paz com sua consciência, vivendo o que poderia chamar de "céu". Já aqueles que não procuraram essa reforma interior vão sentir-se de modo bem diverso. Principalmente os que tiraram a própria vida, pois anteciparam sua partida... e esse direito nós não temos. A vida é, muitas vezes, um "fardo" que devemos carregar até podermos nos livrar desse peso. O suicídio nada resolve, pois, em vez de resolver um problema, o indivíduo acaba criando outro, ainda maior e mais doloroso... (Pense nisso, amigo leitor).

 

Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2200 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8806-7447 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br