sábado, 17 de março de 2012

Nossos problemas são menores do que parecem ser.

Milho de Pipoca

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.

Rubem Alves
Extraído do livro: O Amor que Acende a Lua

quinta-feira, 15 de março de 2012

Prece de Gratidão

Senhor, muito obrigado, pelo que me deste, pelo que me dás!
pelo ar, pelo pão, pela paz!
Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Ti imploro comiseração, pois eu sei que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!
Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro.
Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir,
pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!
Muito obrigado Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola.
Pela voz que com emoção, profere uma sentida oração!
Pela minha capacidade de falar, pelos mudos eu Te quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de caridade, de solidariedade. Mãos que apertam mãos.
Mãos de poesias, de cirurgias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amargura.
Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.
E meus pés que me levam a caminhar, sem reclamar.
Porque eu vejo na Terra amputados, deformados, aleijados...e eu posso bailar!!...
Por eles eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação,
eles também bailarão.
Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar!
Pois é tão maravilhoso ter um lar...
Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor!
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira...
De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de um cão, porque é tão doloroso viver na solidão!
Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar..., não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Ti!
Então muito obrigado porque eu nasci!
E pelo teu amor, teu sacrifício, tua paixão por nós,
Muito obrigado Senhor!

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

domingo, 4 de março de 2012

MEDINDO AS RIQUEZAS DO SER HUMANO!!!

 
Escrito por Catón, jornalista mexicano
 
MEDINDO AS RIQUEZAS DO SER HUMANO!!!
 
 

"Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro. 
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.
E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não?  vou mostrar a vocês:
Eu tenho vida , que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo  não sei como.
Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "
E você, como se considera? Rico ou pobre? 
Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é ... DINHEIRO.
Armando Fuentes Aguirre (Catón)
"Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas."  (Mário Quintana)
 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Folha Espírita São-Joanense

     "SUICÍDIO, NÃO!"

 

Esse é o título de um livreto da Federação Espírita Brasileira (FEB), que recebemos numa Casa Espírita filiada à AME. Na capa, a advertência: "Respeitemos a Vida. Você continuará a viver depois da morte. Suicídio é ilusão. Procure ajuda". (Essa ajuda pode ser a de um psicólogo, um amigo, um religioso ou mesmo uma Casa Espírita).

Como nós compartilhamos dessa opinião, dedicamos o Editorial e algumas passagens desta Folha ao tema do suicídio e sua prevenção. Sabemos que, em muitos momentos, a Vida se nos apresenta um tanto dolorosa, complicada ou mesmo "sem sentido"; entretanto, dela não podemos dispor sem sofrer graves consequências. Segundo os Espíritos que auxiliaram Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, somente a Deus assiste o direito de "tirar" a Vida, pois ela nos foi dada pela Divindade para um fim útil, ou seja, nossa evolução espiritual.

Lembramos aqui uma obra essencial da psicografia da médium Yvonne Amaral Pereira, "Memórias de um Suicida" (editada pela FEB e cuja leitura recomendamos), na qual o escritor português Camilo Castelo Branco narra suas desventuras após ter cometido esse ato. Em 1890, ao descobrir que sua cegueira era irreversível, tomou de sua arma e atirou contra a própria cabeça. Pensando que ia eliminar um problema, acabou criando outro. E sofreu muito ao ver-se num lugar sombrio, escuro, ouvindo gritos de desespero, totalmente atordoado. Conta-nos o Autor Espiritual que não tinha sossego, pois revivia aquele momento de autodestruição o tempo todo, sem cessar. Ouvia o estrondo da arma, sentia a bala penetrando seu crânio e percebia o sangue ainda quente jorrando ininterruptamente pelas têmporas, sem nada poder fazer... Até que, após pedir ajuda com fervor, viu-se resgatado por um grupo de Socorristas do Mundo Invisível e levado a tratamento numa Colônia Espiritual. Após sua cura, consegue, com a ajuda de seu orientador, ditar as páginas dessa magnífica obra à médium citada. Mostra ele no livro várias histórias  de vários personagens, tendo todos passado pelo infortúnio do suicídio.

 De qualquer forma, deixa-nos claro que o socorro não nos falta, mesmo nesses momentos mais difíceis; entretanto o sofrimento inicial é inevitável. Não queremos dizer que todos aqueles que cometem o suicídio estarão em situação semelhante, pois  realmente "cada caso é um caso". No entanto, é melhor suportar as dificuldades com coragem e lembrar que esta vida na matéria (por mais longa que seja) é passageira... e que temos de dar conta do que dela fizemos. Por isso, repetimos com veemência para todos: SUICÍDIO? NUNCA...

 

 

A VIDA É CURTA?

 

 Um simples adesivo, fixado num vidro de carro, revela uma filosofia de vida muito perigosa. Diz assim: A vida é curta; quebre algumas regras.

Precisamos analisar essa cultura do "Aproveite a vida, pois ela é curta" com bastante cautela. Percebemos que esse tipo de entendimento circula pelo mundo fazendo muitos adeptos que, por vezes, entram em armadilhas terríveis, sem perceber. Parece haver em muitas pessoas uma aversão a regras e a leis, mesmo quando essas servem apenas para regular a vida em sociedade; por isso, tão necessárias. É a repulsa à responsabilidade que ainda encontra forças em tantas mentes que teimam em não crescer.

Quebrar regras simplesmente por diversão ou por achar que a vida está muito certinha – como se fala – é atitude infantil, imatura e perigosa.

Basta, por exemplo, uma única vez, extrapolar na velocidade na condução de um automóvel para se comprometer uma vida toda. E a vida de muitas outras pessoas. Assim, não é um tipo de regra que pode ser quebrada de vez em quando.

Por que quebrar regras para se aproveitar a vida? Quem disse que, para curtir cada momento da existência com alegria, precisamos infringir leis?

Aproveitar a vida não significa fazer o que se quer, quando e onde se queira. Esta é a visão materialista, pobre e imediatista do existir.

Aproveitar a vida consiste em fazer o que se deve fazer, determinado pela consciência do ser espiritual, que sabe que está no mundo por uma razão muito especial. O ser maduro, consciente, encontra no caminho do bem, da família, do amor, sua curtição, sem precisar sair por aí quebrando regras e infringindo leis.

A vida será curta ou longa dependendo da escolha de cada um. Ela é curta para os que desperdiçam tempo na ociosidade. Longa para os que se dedicam a uma causa nobre.

A vida é curta para os que acham que a vida é uma só. Longa para os que já descobriram que o Espírito é imortal, já existia antes desta vida e continuará existindo depois. A vida é curta para quem não perdoa. A mágoa mata mais cedo. É longa para os que buscam a reconciliação, evitando a vingança destruidora. A vida é curta para quem não sorri. A depressão mata mais cedo. É longa para quem cultiva o bom humor perante as situações difíceis da existência. (Redação do Momento Espírita).

 

PROGRAMA DE RÁDIO – Ouça aos domingos, de 8h25 às 9h, o programa "Em busca da Serenidade" na Rádio São João del-Rei. Quatro grupos Espíritas se revezam na sua  apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, na Rádio São João.

 

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

 

Damos sequência à exposição das perguntas, respostas e comentários de Allan Kardec na obra fundamental do Espiritismo. (Grifos e textos entre parênteses são comentários nossos). 

Questão 169 – O número de encarnações é o mesmo para todos os Espíritos? Resposta: Não; aquele que caminha depressa se poupa das provas. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito.

Questão 170 – Em que se transforma o Espírito depois da sua última encarnação? Resposta: Espírito bem-aventurado; é um Espírito puro.

(OBS: Isso não quer dizer que, atingindo um certo nível de perfeição, os Espíritos estão livres do trabalho; pelo contrário, há muito trabalho a ser feito no Universo. Jesus, por exemplo, aceitou ser chamado ao "governo espiritual" do nosso planeta Terra).

 

JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO

Q. 171- Sobre o que está baseado o dogma da reencarnação? (Entenda-se "dogma" como "princípio") Resposta: Sobre a justiça de Deus e a revelação, pois repetimos: um bom pai deixa sempre aos filhos uma porta aberta ao arrependimento. Não lhe diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade todos aqueles cujo progresso não dependeu deles mesmos? Não são todos os homens filhos de Deus? Somente entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem perdão. 

Comentário de Kardec: Todos os Espíritos tendem à perfeição e Deus lhes fornece os meios pelas provas da vida corpórea; mas, em sua justiça, lhes faculta realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira tentativa.

Não estaria de acordo com a equidade nem com a bondade de Deus castigar para sempre aqueles que encontram obstáculos ao seu progresso, independentemente de sua vontade, no próprio meio onde foram colocados. Se o destino do homem está irrevogavelmente fixado após sua morte, Deus não teria pesado as ações de todos na mesma balança e não os teria tratado com imparcialidade.

A doutrina (ou princípio) da reencarnação, isto é, aquela que admite para o homem várias existências sucessivas, é a única que responde à ideia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens colocados em uma condição moral inferior, a única que nos explica o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois que nos oferece o meio de resgatar nossos erros através de novas provas. A razão indica essa doutrina e os Espíritos no-la ensinam.

O homem tem, na reencarnação, uma esperança consoladora. Se acredita na justiça divina, não pode esperar, por toda eternidade, estar em pé de igualdade com aqueles que agiram melhor do que ele. (Ninguém está deserdado; todos têm novas chances).

         O ESPIRITISMO PELA INTERNET: Você pode conhecer a Doutrina Espírita e seu movimento através da internet, pois há muitas páginas sobre o assunto na grande rede. Além da página socespiritasaojoanense.blogspot.com, sugerimos os seguintes sítios:

             www.programatransicao.tv.br

 www.mundoespiritual.com.br

 www.radioboanova.com.br

                   www.tvmundomaior.com.br

                        www.espirito.org.br

   

          

 

O LIVRO DOS MÉDIUNS

 

 No item 281 dessa brilhante obra do Codificador Allan Kardec, publicada em 1861, temos o seguinte: "As comunicações dos Espíritos Superiores ou dos que animaram grandes personagens da Antiguidade são valiosas por seus elevados ensinamentos. Tais Espíritos atingiram um grau de perfeição que lhes permite abranger mais amplo círculo de ideias, desvendar mistérios que ultrapassam as nossas possibilidades e iniciar-nos, melhor do que outros, em certas questões. Isso não quer dizer que as comunicações de Espíritos menos elevados sejam inúteis, pois o observador sempre pode instruir-se com elas."

E segue o raciocínio para falar das utilidades da evocações de Espíritos "comuns", como nós mesmos, sem grande expressão. Nosso objetivo ao transcrever essa  breve passagem é reconhecer a importância de uma comunicação espiritual (dada por médiuns de confiança), que sempre nos ensina e consola o coração. Mas é também para falar sobre o perigo de se evocarem Espíritos atualmente, sem nenhum preparo técnico ou moral. Na verdade, não se deve evocar Espírito algum, pois, como bem disse o médium Chico Xavier, "o telefone toca de lá para cá" e não deve ser ao contrário.

É comum ouvirmos por aí alguém dizendo que fez uma "reunião doméstica" em que chamavam certos Espíritos que animaram pessoas conhecidas ou famosas. Mesmo que o objetivo seja sério, não se deve praticar esse tipo de evocação, pois não sabemos em que situação se encontra o Espírito que se pretende entrevistar. Além disso, pode um Espírito brincalhão e enganador incorporar-se ao médium da reunião e causar distúrbios de difícil solução.

Na época da Codificação da Doutrina, Kardec teve a obrigação, digamos, de evocar vários e vários Espíritos, para deles obter dados que o ajudassem a elaborar seu trabalho, desde "O Livro dos Espíritos" até "A Gênese". Quem quiser conhecer melhor as relações entre os dois mundos (material e invisível) que estude "O Livro dos Médiuns", por exemplo. Aconselhamos os leitores a jamais aceitarem convite para uma reunião doméstica desse tipo.

 

 

O EVANGELHO DO MESTRE

 

            Voltando ao tema do suicídio iniciado com nosso Editorial, trazemos para sua apreciação uma mensagem contida em "O Evangelho segundo o Espiritismo", no capítulo 5, item 16, que tem o subtítulo "O Suicídio e a Loucura". Acompanhe:

 

            "A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. Quando homens de ciência, apoiados na autoridade do seu saber, se esforçam por provar aos que os ouvem ou leem  que estes nada têm a esperar depois da morte, não estão de fato levando-os a deduzir que, se são desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se matarem?  Que lhes poderiam dizer para desviá-los dessa consequência? Que compensação lhes podem oferecer? Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser o nada. Daí se deve concluir que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva, mais vale buscá-lo  imediatamente e não mais tarde, para sofrer por menos tempo."

 

            "A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inoculou a ideia do suicídio na maioria dos que se matam, e aqueles que se fazem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade frente à lei divina. Com o Espiritismo, tornada impossível a dúvida, muda o aspecto da vida. O crente (aquele que crê) sabe que a existência se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam muito naturalmente de pensar no suicídio. Daí vem a coragem moral".

 

            VEJA, caro leitor: O conhecimento da vida espiritual, que segue plena após esta vida física, pode nos auxiliar muito no momento da nossa própria desencarnação. A certeza da vida futura, numa outra faixa de vibração, pode ser um "freio" para nunca tentarmos contra a nossa própria vida e também para aceitarmos as dificuldades naturais da existência na Terra. O suicídio não é solução para nada; apenas acrescenta novo problema ao Espírito.

 

  CASAS ESPÍRITAS DE SÃO JOÃO E REGIÃO:  Se você não conhece e gostaria de saber o endereço de uma Casa Espírita (onde poderá ouvir uma palestra, estudar a Doutrina, tomar um passe magnético etc), procure a Livraria Espírita, na R. Paulo Freitas, 312, próxima aos Irmãos Chitarra. Ou então ligue para lá, no horário comercial: 3371-8077 e fale com a Déborah, que orientará você. 

 

 

PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

 

Abaixo transcrevemos algumas das perguntas feitas ao médium quando de  sua participação em programas da antiga TV Tupi, nos anos 70. Acompanhe nossa adaptação:

 

Pergunta ao Chico: Sobre "censura" ao seu trabalho: se os Espíritos comunicam a você um fato que possa acontecer, ou algo de grandes proporções, você pode ser impedido de transmitir aos seus leitores?

Resposta do Chico: Há muito tempo, o Espírito Emmanuel (o mentor espiritual do Chico) me orienta dizendo que somos responsáveis pelas imagens que criamos na mente de nossos irmãos. Por isso, ele me ajuda a censurar tudo aquilo que possa vir por meu intermédio. Tem sido assim, embora essa censura não impeça o auxílio que ele e outros amigos espirituais vão dar às pessoas necessitadas de socorro. Muitas vezes, recebo a visita de poetas e escritores (desencarnados) que desejam escrever sobre vários temas, porém com pouco proveito para a Terra. Eles às vezes querem escrever, conversam e falam páginas maravilhosas, caso fossem escritas. Mas Emmanuel corrige o assunto e não permite que as páginas venham por meu intermédio, pois ele acredita que, do mundo espiritual para nós, deve vir aquilo que for construtivo, que possa nos ajudar. (Imagine o leitor quantos belos textos literários não puderam ser publicados... É uma pena não termos hoje médiuns do nível de Chico Xavier).

Pedido ao Chico:  Conte para nós o caso de seu pai, que ia "parar a roda da loteria" pra você ganhar o prêmio. Resumindo, eis a resposta do Chico: Isso foi numa época de grandes dificuldades pelas quais passamos, em 1939. Meu pai adoeceu e não podia trabalhar, gastando o que ganhava para comprar e tomar umas injeções que curassem seu reumatismo. Sabendo que os livros por mim psicografados vendiam muito bem, pediu-me para ajudá-lo. Mas eu nunca recebi qualquer dinheiro pelos livros, pois eles não me pertenciam (Chico doou todos os direitos autorais à FEB e outras instituições Espíritas). Então, meu pai me disse: já estou perto de morrer mesmo... Quando eu estiver no outro mundo, você compra bilhetes de Natal da loteria federal e eu vou "parar a roda" para você ganhar. Assim, poderá resolver nossos problemas financeiros. (Parar a roda queria dizer "escolher os números" que sairiam na loteria fazendo o sistema de sorteio parar para coincidir com os do seu bilhete). Meu pai desencarnou e até hoje eu ainda compro bilhetes da loteria na época do Natal, mas nunca acertei um prêmio sequer... (Será que seu pai esqueceu de "parar a roda"? Chico sorri e diz que os problemas financeiros já foram todos resolvidos). 

PARA REFLETIR: "A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio." (Allan Kardec, E.S.E., cap. 5)

 

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA

 

No editorial deste número da Folha, falamos de um assunto que muito nos preocupa na atualidade: o suicídio e suas consequências. Mencionamos uma obra específica sobre o assunto e queremos renovar a sugestão para a leitura da mesma. Trata-se do trabalho volumoso da médium Yvonne do Amaral Pereira intitulado "Memórias de um Suicida", editado pela FEB em 1955, com muitas reedições. A própria médium teria sido uma suicida em vida passada, pelo que muito sofreu, mas resgatou sua dívida consciencial com o enorme trabalho que prestou à mediunidade com Jesus.

O Autor Espiritual assina Camilo Cândido Botelho, mas sabemos tratar-se do escritor português Camilo Castelo Branco, que tirou a própria vida em fins do século 19 em Portugal. Assim ele começa sua narrativa:

 

Precisamente no mês de janeiro do ano da graça de 1891, fora eu surpreendido com meu aprisionamento em região do Mundo Invisível cujo desolador panorama era composto por vales profundos, a que as sombras presidiam: gargantas sinuosas e cavernas sinistras, no interior das quais uivavam, quais maltas de demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens, dementados pela intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis, dos sofrimentos que os martirizavam.

 

O livro contém 3 partes, somando 22 capítulos emocionantes. Muitas pessoas não conseguem chegar ao final sem verter muitas lágrimas durante a leitura dos fatos verídicos narrados. É emocionante apenas imaginar as situações vividas pelos personagens reais, mas com pseudônimos.

Fica, assim, nossa sugestão para a leitura desse importante trabalho da médium Yvonne, que desencarnou aos 84 anos, após uma vida dedicada à causa Espírita, inclusive tendo vivido em Lavras e passado uma temporada em nossa cidade.  –x-x-x-

 

LEITURA ESPÍRITA: Se você deseja empréstimo gratuito de bons livros Espíritas, procure as Bibliotecas dos Centros Espíritas da cidade e região. A da AME fica na Rua Paulo Freitas, 312-Fábricas. Saiba detalhes pelo telefone: 3371-8077, da Livraria Espírita.

 

VICTOR HUGO E SUA VIDA

 

O grande escritor francês Victor Hugo é o célebre autor do famoso romance "Os Miseráveis" e muitos outros trabalhos literários. Viveu entre 1802 e 1885, tendo conhecido o Espiritismo e dedicado boa parte de sua vida e sua fortuna aos menos favorecidos. Na visão de Kardec, Victor Hugo teria sido realmente um "homem de bem".

É dele a frase: "Escuta tua consciência antes de agir, porque a consciência é Deus presente no Homem".

Encontramos uma citação desse autor num pequeno livro que fala sobre o envelhecer com dignidade. Acompanhe:

"O inverno está sobre minha cabeça, mas a eterna primavera reside em meu coração. Quanto mais me aproximo do fim, mais claramente ouço à minha volta as sinfonias imortais dos mundos que me convidam... Por meio século, tenho escrito pensamentos em prosa, verso, história, drama, romance... Experimentei de tudo, mas sinto que não disse nem a milésima parte do que existe dentro de mim. Quando eu descer ao túmulo, poderei dizer: 'terminei meu trabalho de um dia, mas não o de uma vida inteira'".

Certamente, o escritor Victor Hugo, quando desencarnou aos 83 anos de uma existência muito produtiva, já contava com a continuidade da vida e com a reencarnação, que lhe daria a oportunidade de continuar expressando suas emoções e seu aprendizado sobre a Vida Imortal.  

 Esse grande personagem da nossa História é uma prova de que a vida vale a pena; que não podemos abrir mão da experiência na matéria para aperfeiçoarmos o Espírito que somos. Pense nisso.

 

 

"DÁ DE TI"

(Exemplo de caridade material e espiritual)

 

            Dá de ti para os homens. Não somente o paletó que não usas, o sapato que não te serve, a calça que já não vestes.

Darás tudo: o carinho, a ternura, o coração. Darás sem refletir, de modo que não te digam "obrigado", nem te devam obrigação.

Darás tudo: o carinho, a ternura e o coração. E com que espanto notarás um dia que viveste fazendo economia... de carinho, de ternura e de coração!

 

 

Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2.000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br

 

 

A LIÇÃO DO FOGO

  Um membro de um determinado grupo, do qual participava regularmente,
sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades.
Após algumas semanas, o lider daquele grupo decidiu visitá-lo.Era uma noite
muito fria. O lider encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da la-
reira,onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Adivinhando a razão da visita, o homem deu boas vindas ao líder, conduziu-o
a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto , esperando.
O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. 
No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em 
torno das achas de lenha , que ardiam.
Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram e cui-
dadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente  de todas, empurran-
do-a para o lado.
Voltou então a sentar-se, permanecendo  silencioso e quieto.

Aos poucos a chama solitária diminuia, até que houve um brilho momentâneo e 
seu fogo  apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor 
e luz, agora não passava de um negro,frio e morto pedaço de carvão recoberto
de uma espessa camada de fuligem acinzentada.
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre 
os dois amigos.
O lider, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio 
inútil,colocando-ode volta no meio do fogo.Quase que imediatamente ele tornou
a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.
Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse :
- Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio 
do grupo. Deus te abençõe!

                                                      (Texto de apostila do CVV )


Reflexão......


 Não há quem possa dizer que consegue viver sozinho, sem a ajuda de outrem.
Todos precisamos ou precisaremos uns dos outros. Se nos afastarmos de tudo
e de todos, morreremos.
Uns de tristeza, outros de angústia, outros de solidão e ainda outros da falta de carinho
ou até mesmo de uma simples palavra de conforto. Não se isole!
Para aqueles que são membros de um grupo, é necessário estar prontos a entender
que fazem parte do fogo. Sabemos que o fogo é formado não apenas de um pedaço 
de carvão, mas de muitos pedaços. sejam grandes ou pequenos.A chama de um 
pedaço grande de carvão , se extinguirá da mesma forma de um pequeno, com a 
diferença que levará um tempo maior.
Cada um de nós, somos um " um pedaço de carvão " e se nos afastarmos do " fogo"
( grupo) , se ficarmos longe por muito tempo, perderemos nossa chama e nos 
apagaremos. VOCÊ É IMPORTANTE POR MANTER ACESA ESTA CHAMA.
- Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio
do grupo. Deus te abençõe!

                                                                          ( Texto de apostila do CVV )