Folha Espírita São-Joanense II

Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br

EDITORIAL
I-  A ELEGÊNCIA DO SER

Independente da religião ou da filosofia de vida que pratiquemos, existe algo que todos nós devemos cultivar: a elegância do comportamento. Junto com a elegância, sempre caminha a integridade moral, uma conquista de todos aqueles que buscam se melhorar nesta vida.
Baseados no texto psicografado pelo médium Arnaldo Ferreira, podemos dizer que a elegância é um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples “obrigado” diante de uma gentileza. É a fineza que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
Podemos detectar a elegância do ser nas pessoas que elogiam mais do que criticam; nas pessoas que escutam mais do que falam e, quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas. É possível detectá-la  nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a serviçais, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora de datas festivas, é quem cumpre o que promete, sendo pontual sempre. Possui essa elegância de caráter quem, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não...
Oferecer flores é sempre elegante; também é elegante não ficar “espaçoso” demais... É elegante e inteligente não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa e elegante do mundo, a estar nele de forma não arrogante, mas pode-se capturar uma delicadeza natural pela observação e reflexão. Conquista-se essa elegância do ser desenvolvendo em si mesmo a arte de conviver e de colocar-se no lugar do outro. O que eu faria se tal fato estivesse acontecendo comigo? Será que eu teria uma reação mais construtiva? 
Assim, ser elegante é ser um verdadeiro Cristão, aquele que busca se melhorar a cada dia, independe do que pensem a respeito.

II- A PRÁTICA DO BEM
Todos já devem saber que o Espiritismo não adota qualquer dogma ou ritual, sendo uma filosofia de vida bem prática. Nós conhecemos recentemente o trabalho importante dos aplicadores do REIKI. Um pensamento Reikiano: “Só por hoje, não me irrito; não me preocupo; sou grato; trabalho arduamente; sou bondoso com todos os seres.   
Veja como tudo está conectado neste Universo da Criação...
DO OUTRO LADO
          No consultório, um homem muito doente pergunta ao médico: Doutor, o que existe do outro lado da vida? O médico olhou seu paciente nos olhos, cruzou os braços e respondeu calmamente: Eu não sei! Como não sabe? - Falou exasperado o paciente. Eu vou morrer, não sei o que existe do outro lado e o senhor me fala com essa tranquilidade? Nesse momento, ganidos se fizeram ouvir do lado de fora da porta. Logo em seguida, arranhões na madeira.
O médico se levantou, foi até a porta e a abriu. Um belo cão saltou feliz, nos braços do dono. Agitava a cauda, lambia o médico, manifestando a sua alegria.
Então, o profissional atencioso olhou para o homem desolado e lhe disse: Você viu o que fez este cão? Ele nunca esteve aqui, antes. No entanto, ele entrou na sala confiante, alegre, tão logo lhe foi aberta a porta. E sabe por quê? Porque ele sabia que nesta sala está o seu dono.
Eu também. Não sei o que existe do outro lado da vida. Mas de uma coisa eu tenho certeza: o meu Senhor estará lá! Então, não há o que temer.  –x-x-x-
Ao longo da História, o Homem tem-se indagado sobre o que existe para além da tumba. Em meados do século 19, o professor Hippolyte Rival, conhecido como Allan Kardec, recebeu informações preciosas da Espiritualidade, dando conta da continuidade da vida e da possibilidade de comunicação dos mundos físico e espiritual. Após esta vida, existe a VIDA PLENA, que é a espiritual. Nosso modelo e guia, Jesus de Nazaré, deixou claro que ia preparar-nos o “lugar”. Esse lugar é o Mundo Espiritual, tão ou mais cheio de vida do que o nosso próprio. Nossa “morada” estará de acordo com o “material” que mandarmos daqui. Se for de boa qualidade, estaremos muito confortáveis. Assim, o Homem de Bem não carece sentir temor algum: ao cruzar o portal da morte, será muito bem acolhido por aqueles que o precederam na grande viagem.
PROGRAMA DE RÁDIO – Ouça aos domingos, de 8h25 às 9h, o programa “Em busca da Serenidade” na Rádio São João. Quatro grupos Espíritas se revezam na apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, na Rádio São João.

          ESPIRITISMO PELA INTERNET: Você pode conhecer a Doutrina Espírita via internet. Há muitas páginas sobre o assunto na grande rede. Sugerimos os seguintes sítios:
                   www.tvmundomaior.com.br
                        www.espirito.org.br
O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Damos sequência às perguntas, respostas e comentários de Allan Kardec nessa obra, que é base fundamental do Espiritismo. (Grifos e textos entre parênteses são comentários nossos). 
Vamos à Questão 163: A alma, deixando o corpo, tem imediata consciência de si mesma? Resposta dos Espíritos: Consciência imediata não é bem o termo. Ela passa algum tempo em estado de perturbação.
Questão 164Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e durante o mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo? Resposta dos Espíritos: Não, isso depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece quase imediatamente, visto que já se libertou da matéria durante a vida física, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência não é pura, conserva por tempo mais longo  a impressão dessa matéria.
Q. 165 – O conhecimento do Espiritismo exerce influência sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação? Resposta: Uma influência muito grande, uma vez que o Espírito já compreendia antecipadamente a sua situação. Mas a prática do bem e a pureza da consciência são os que exercem maior influência.
Comentário de Allan Kardec: No momento da morte, tudo, a princípio, é confuso. A alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela se acha como aturdida e no estado de um homem que, despertando de um sono profundo, procura orientar-se sobre sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria da qual se libertou, e se dissipe a espécie de neblina que obscurece seus pensamentos.
A duração da perturbação que se segue à morte do corpo varia muito; pode ser de algumas horas, de muitos meses e mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que desde sua vida terrena se identificaram com o seu estado futuro, porque, então, compreendem imediatamente a sua posição.
(...) Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, ferimentos etc, o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que morreu e sustenta essa idéia com obstinação. Vê seu corpo físico e não percebe por que está separado dele. Acerca-se das pessoas e tenta falar-lhes, mas não compreende por que não o ouvem. Essa ilusão perdura até a inteira libertação do Perispírito (o corpo espiritual); só então o Espírito se reconhece e compreende que não pertence mais ao número dos encarnados (mas continua vivo). Se para  o Espírito, morte é aniquilamento, ele não compreende bem por que pensa, vê e escuta como antes; por isso não se considera “morto”. (...) Há também aqueles que assistem ao próprio funeral, como se fossem “estranhos” ao ambiente e aquilo não lhe dissesse respeito.(Continuamos no próximo número. Aguarde).
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        O LIVRO DOS MÉDIUNS

Se você conhece um pouco do Espiritismo, certamente já teve contato com essa bela obra básica, que trata dos fenômenos mediúnicos com a tranquilidade que eles merecem, pois nada existe de “sobrenatural”. Parece sobrenatural aquilo que nós desconhecemos, entretanto, tudo pode ser explicado pela lógica e pela razão. Vejamos as palavras de Kardec no item 30, cap. III:
Será útil procurar convencer um incrédulo obstinado? Já dissemos que isso depende das causas e da natureza da sua incredulidade. Muitas vezes, nossa insistência em persuadi-lo o leva a crer na sua importância pessoal, que é razão para mais se endurecer. Devemos deixar à Providência o cuidado de encaminhá-lo a circunstâncias mais favoráveis. Há muita gente que deseja receber a luz e não podemos perder tempo com os que a repelem. Dirigi-vos, pois, aos homens de boa vontade, cujo número é maior do que se pensa, e o exemplo desses, multiplicando-se, vencerá mais facilmente as resistências do que as palavras. Ao verdadeiro Espírita nunca faltará oportunidades de fazer o bem.
Há corações aflitos a aliviar, consolações a dispensar, desesperos a acalmar, reformas morais a operar. Essa é a missão e nela encontrará a verdadeira satisfação. O Espiritismo impregna a atmosfera: expande-se pela própria força das circunstâncias e porque torna felizes aqueles que o professam.
Para se proceder, no ensino do Espiritismo, como se faz nas ciências ordinárias, seria necessário passar em revista toda a série de fenômenos que podem produzir-se, a começar dos mais simples até chegar aos mais complicados. Ora, isso é impossível, porque não se pode fazer um curso de Espiritismo experimental como se faz um curso de Física ou de Química. Nas ciências naturais, opera-se sobre a matéria bruta, que pode ser manipulada à vontade e quase sempre se consegue determinar os efeitos. No Espiritismo, tem-se de lidar com inteligências dotadas de liberdade (os Espíritos) e que provam, a cada instante, não estarem sujeitas aos nossos caprichos. É necessário, pois, observar, esperar os resultados e colhê-los no momento oportuno.” 

OBSERVAÇÃO: Nessa passagem, Allan Kardec deixa-nos claro que não devemos “forçar” ninguém a tornar-se Espírita, mas podemos (e devemos) divulgar o conhecimento da Doutrina para os simpatizantes. Cada um saberá, usando seu livre-arbítrio, escolher o melhor caminho. A quantidade do seguidor não é o mais importante, mas sim a sua qualidade.
O EVANGELHO DO MESTRE

 Quando Kardec organizou o “Evangelho segundo o Espiritismo”, publicado em 1864, quis trazer até nós os ensinamentos de Jesus (o Mestre por excelência) na visão da  Doutrina, que dava seus primeiros e vigorosos passos rumo à regeneração da Humanidade da Terra. Foi uma tarefa gigantesca, na qual ele contou com a ajuda de inúmeros médiuns e de Espíritos que se manifestavam nas reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Seu trabalho foi o de organizar as mensagens dentro dos capítulos em que habilmente dividiu a obra. Além disso, através de sua intuição, pôde também escrever muito de sua própria experiência no convívio com os desencarnados e os medianeiros que o ajudavam.
Deixa-nos claro que a revelação Espírita não foi feita a um homem apenas, mas a muitos, porque assim se evitaria a vaidade de alguém se proclamar o “dono da verdade”. E qual é essa verdade? Muito simples: a constatação de que a vida continua após essa passagem pela Terra e que nós poderemos voltar pela reencarnação e também nos comunicar com aqueles que  nos precederam nessa “viagem” para o Mundo Espiritual.
Achamos importante ressaltar a humildade do Codificador Allan Kardec, quando diz que ele “apenas” organizou o trabalho e nada criou de si mesmo. Realmente ele nada criou para introduzir na Doutrina, mas executou uma tarefa gigantesca; por isso merece todo nosso respeito e consideração como um dos Espíritos mais destacados (em todos os sentidos) que encarnaram na Terra nos últimos séculos.
Na Introdução de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Kardec faz prova de sua cultura e erudição, falando sobre as doutrinas dos antigos filósofos, como os gregos Sócrates e Platão. A certa altura, comenta sobre o termo “demônio” (ou “daimon” em grego), que não era tomada pelos antigos como o “gênio do mal”, conforme já ouvimos e aprendemos desde pequenos. Isso foi uma deturpação da Igreja tradicional, pois “demônio” quer dizer exatamente o “gênio”, o “Espírito” que somos todos nós, mas não necessariamente mau ou cruel.
Pelo estudo da Doutrina, nós aprendemos que não existem Espíritos voltados apenas e exclusivamente para o mal, que todos têm oportunidade de se modificarem, desde que assim o desejem. Não podemos esquecer que o Criador nos deu o livre-arbítrio exatamente para escolhermos nossos caminhos. De qualquer forma, ninguém ficará “emperrado” eternamente no mal, pois chega um momento em que todos nós despertamos para o Bem. Assim, temos aqui mais uma constatação de que o Espiritismo é realmente uma Doutrina Consoladora, pois esclarece que tudo está em movimento: desde a folha de uma árvore até a maior das estrelas do Universo. Nós somos parte disso tudo... e estamos fadados à PERFEIÇÃO. Pense nisso, caro leitor.
 PARA PENSAR:  O que é Evolução? É o aprimoramento próprio interno, que nos faz sintonizar com a Divindade, mergulhando-nos na consciência cósmica, no Cristo Interno. Evolução não é acúmulo de ações como obras de caridade, escrever livros esclarecedores, educar crianças, enfim, servir ao próximo (isso é a Caridade pura e simples, obrigação de todo Cristão). Evolução é a expansão do nosso EU profundo para dimensão mais elevada e isso só se pode obter com o despertar das qualidades inatas. Quem de fato deseja evoluir “nega” sua própria personalidade totalmente e aceita as dificuldades/humilhações como grande auxílio para completar a negação de si mesmo.

PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

Conforme vimos fazendo, voltamos a apresentar questões propostas ao médium Chico Xavier, quando de sua participação em programas da antiga TV Tupi, nos anos 70. Acompanhe nossa adaptação:

Pergunta ao Chico sobre a Umbanda: Até onde o Espiritismo admite o umbandismo, Chico?
Resposta: Respeitamos no Umbandismo uma grande legião de companheiros muito respeitáveis, consagrados à caridade que Jesus nos legou, grandes expositores da mediunidade, daquela que auxilia, que alivia o próximo, credores do nosso maior carinho, da nossa maior veneração, conquanto estejamos vinculados aos princípios codificados por Allan Kardec, de nossa parte. (Chico demonstra grande carinho pela Umbanda, prática mediúnica bem brasileira e também voltada para o lado bom das relações com o Invisível. Isso produziu bons frutos, mantendo a pacífica convivência entre Espíritas e Umbandistas desde então). É interessante notar como Chico Xavier nunca tinha uma palavra de crítica pesada a quem quer que fosse. Lembra-nos Jesus quando falou do cachorro morto, que já estava cheirando mal e os apóstolos reclamavam... Disse o Mestre: “Mas vejam que belos dentes tinha esse cão...”  (Sejamos como o Mestre, encontrando sempre um lado bom em tudo e em todos).

Pergunta ao Chico: A cirurgia plástica no rosto ou em qualquer parte do corpo pode ser prejudicial ao Espírito? Resposta do Chico: Seria o caso de perguntar à rosa por que ela é tão bela. (Ou seja, é nossa obrigação nos cuidarmos para nos mantermos apresentáveis). Se a providência divina nos concedeu a plástica regeneradora, será para que valorizemos cada vez mais o veículo físico pelo qual nós nos externamos na Terra. A cirurgia plástica, com orientação médica, é fator de grande estímulo psicológico para que a alegria de viver não esmoreça em nossos corações e para que trabalhemos com mais interesse, mais estímulo, no rendimento de nossa vida para o bem de todos. Ela é tão legítima quanto a geriatria, ciência que veio para cuidar dos idosos.
            DOENÇAS E DOENTES

          Desde que o mundo é mundo, a Humanidade tem lutado contra as enfermidades mais variadas. Quando consegue controlar uma delas, outras surgem, mais cruéis e ameaçadoras. Tem-se lutado com ardor para extirpar as doenças da face da Terra.  Mas por que não se consegue, já que a ciência moderna tem recursos fantásticos?
A resposta é simples: tem-se buscado curar os efeitos e não as causas. Ou seja, temos envidado esforços para curar os corpos, esquecidos de que o enfermo é o Espírito imortal e não o corpo que perece. O corpo é como um mata-borrão, que absorve e exterioriza as chagas que trazemos na alma.
A mente elabora os conflitos, os ressentimentos, os ódios que desatrelam as células dos seus automatismos, degenerando-as e possibilitando a origem de tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride. A sede de vingança volta-se contra o organismo físico e mental daquele que a acalenta, facilitando a instalação de úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas que empurram o ser para estados desoladores. As angústias cultivadas podem ocasionar as crises nervosas, as enxaquecas, entre outros males. A inveja, a cólera, a competição malsã provocam indigestões, hepatites, diabetes, artrite, hipertensão, entre outros distúrbios. O desamor pessoal, o complexo de inferioridade, as mágoas, a autopiedade favorecem os cânceres de mama, na mulher, e de próstata no homem, além das disfunções cardíacas, dos infartos brutais e outras doenças. A impetuosidade, a violência, as queixas sistemáticas, os desejos insaciáveis dão ocasião aos derrames cerebrais, aos estados neuróticos, psicoses de perseguição etc.
Como podemos perceber, a ação do pensamento sobre o corpo é poderosa.  O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-as harmônicas entre si.  O contrário ocorre com o pensamento desequilibrado. O homem é o que acalenta em seu íntimo. O que surge no corpo é a exteriorização dos males que cultiva na alma. Não é outro o motivo pelo qual Jesus alertava àqueles a quem curava dizendo: Vai, e não tornes a pecar para que mal maior não te aconteça. O que quer dizer que a saúde está condicionada ao modo de vida de cada criatura. E que não há doenças, mas doentes, que, em maior ou menor intensidade, somos todos nós. Jesus, que foi o exemplo máximo do Amor, jamais adoeceu, porque era são em Espírito, o que proporcionava saúde ao corpo.  Dessa forma, se quisermos a saúde efetiva, enquanto buscamos a cura do corpo, tratemos também o verdadeiro enfermo, que é o Espírito.
(Esse texto é adaptado do site “Momento Espírita”, que você pode acessar pela internet: www.momentoespirita.com. Ali você encontrará muitas mensagens valiosas para seu dia a dia.)
FILHOS REBELDES

Muitas vezes nossos filhos, principalmente os adolescentes, se queixam dos pais e tentam colocar-lhes a culpa de terem vindo ao mundo, como se eles não tivessem pedido. Os pais podem ficar tranquilos, pois dizem-nos todos os Mentores Invisíveis que eles “não pediram, mas imploraram para vir a esta Vida”. Com certeza, esses que se mostram mais rebeldes são aqueles mais necessitados da reencarnação para se depurar na passagem pela vida material.
Assim, a tarefa dos pais é orientar, educar moralmente e dar o bom exemplo a todos os filhos que lhes vierem às mãos pela misericórdia do Pai. Por mais rebelde ou revoltado que seja, um filho é uma pequena missão para os pais: não podemos jamais nos esquivar de dar-lhes o melhor de nós mesmos.
Na verdade, somos todos irmãos, criaturas do mesmo Criador, mas encarnamos na condição de filhos, pais ou irmãos para nos ajudarmos mutuamente no processo evolutivo dos grupos Espirituais a que pertencemos. Se, como diz o ditado, “nenhum homem é uma ilha”, o mesmo se aplica aos Espíritos, que nunca estão sozinhos e não podem viver isolados (pois é no convívio que aprendemos as lições). Portanto, cultivar a serenidade e a paciência com os filhos que geramos é essencial para o processo de evolução familiar. A recíproca é bem verdadeira, pois os filhos também precisam saber honrar e respeitar os pais que têm, por mais difíceis que sejam... Pense nisso você, leitor(a), que é pai, mãe, filho... E procure viver em harmonia na sua família terrena.

             Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br

NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS: Não nos esqueçamos disso: eles são Espíritos com quem já tivemos importantes vínculos em passado de vidas. Tais vínculos podem ter sido de afeto ou de desafeto. Muitas vezes, as dificuldades vividas em família têm origem nesses desencontros do passado. Sentimentos inferiores que ficaram arraigados na alma retornam e acabam dificultando a convivência. É preciso vencer nossas más tendências e exercitar o perdão para atingirmos a harmonia familiar.
Se trocamos energias negativas desde o passado com alguém, criamos um elo magnético que nos prende uns aos outros. Lembramos que não só o amor une as pessoas, mas também o ódio. Quando deparamos com o filho “ovelha negra” ou o pai “carrasco”, estamos diante de uma situação de resgate necessário. Bom será que nos reconciliemos enquanto estamos a caminho (ou seja, nesta oportunidade encarnatória).  Pense nisso!

Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br